quinta-feira, 30 de maio de 2013

Pelourinho no Largo do Eiró

SOAJO (Arcos de Valdevez): Pelourinho no Largo do Eiró.

A praça principal da aldeia do Soajo (conhecida por Largo do Eiró) é presidida por este pelourinho, com um simples esteio ao alto, muito próximo do habitual «tronco» do século XIII. É um monumento tosco, de enorme valor histórico e etnográfico - testemunho do tempo em que esta povoação serrana foi vila. A data da sua edificação é incerta, embora o foral dado à vila por D. Manuel em 1514 possa lançar a sua construção, iniciando a sua funcionalidade de marco jurisdicional. Mas segundo António Martinho Baptista, supõe-se que seja do século XVII, embora não se fundamente em documentação que o sustente. A sua cronologia tardia é atribuída à ausência de vestígios de guarnições de ferros.
O Pelourinho do Soajo é um dos mais singelos e interessantes, pela simultânea rudeza e elegância. É constituído por uma base em três degraus, na qual assenta uma coluna ovalada, sem base nem capitel, imperfeitamente sóbria e unicamente decorada por uma carranca humana sorridente no topo junto ao fuste, onde termina uma lage triangular a rematar.
Há uma tradição que atribui ao triângulo a representação do pão a esfriar na ponta de uma lança. Mas a carranca também pode remeter para um chapéu tricorne. O povo do Soajo perdeu de há muito o significado da gramática figurativa primitiva do seu pelourinho. Atualmente, a simbologia do rodo é a explicação. Instrumento agrícola utilizado para nivelar o milho novo nas eiras. É curioso que o lugar onde está o pelourinho, e onde sempre esteve, chama-se Largo de Eiró, que nestas terras do norte e nordeste significa o maior largo da aldeia, uma ampla eira.

Fotografia: © Vítor Ribeiro


info: pt.wikipedia.org/


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Mosteiro de Pombeiro

FELGUEIRAS: Mosteiro de Pombeiro.

A localização do Mosteiro, na intersecção de duas das principais vias medievais da época – uma que ligava o Porto a Trás-os-Montes, por Amarante, e uma segunda que ligava a Beira a Guimarães e Braga, atravessando Lamego e o Douro em Porto de Rei – evidencia a significativa importância deste conjunto monástico beneditino na região. É nestes espaços que os reis se instalam nas suas viagens e nos quais os peregrinos se albergam e recebem assistência.
Já na Idade Moderna, Pombeiro foi objeto de profundas modificações, a maioria das quais ocorridas no período Barroco. Uma das alas do claustro data de 1702, século ao longo do qual se realizaram a nova capela-mor, o coro alto, o órgão, as numerosas obras de talha dourada, as duas torres que flanqueiam a frontaria e uma parte das alas monacais.

Fotografia: © Vítor Ribeiro

terça-feira, 28 de maio de 2013

Palace-Hotel do Buçaco

LUSO: Palace-Hotel do Buçaco.

Este singular e mundialmente famoso palácio neo-manuelino, construído pelos monarcas portugueses nos finais do Século XIX, constitui uma das joias artísticas da Europa. Subordinado, de um modo geral, ao tema das Descobertas dos Portugueses, o conjunto exibe uma riqueza de decoração com uma exuberância de arcos abobadados, escadarias em mármore, tapeçarias raras, quadros de mestres pintores e peças de alguns dos mais notáveis artistas portugueses, para espanto e encanto dos hóspedes.
O rei D. Carlos, que encomendou esta obra, não viveu para a ver. O filho D. Manuel II, visitou-o brevemente antes do exílio. A transformação em hotel de luxo, com vinhos próprios, deveu-se a uma inspiração do cozinheiro real.

Fotografia: © Vítor Ribeiro


info: www.maisturismo.pt/4/1378.html
Portugal, Guia American Express

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Escadório do Bom Jesus


BRAGA: Escadório do Bom Jesus.

Os Escadórios do Bom Jesus ligam a parte alta da cidade de Braga ao Santuário do Bom Jesus do Monte. Seguem um percurso paralelo ao Elevador. Ao longo do escadório estão capelas que representam a Via Sacra. Vencem um desnível de 116 metros.

Fotografia: © Vítor Ribeiro

sábado, 25 de maio de 2013

Interior da Basílica da Estrela


LISBOA: Interior da Basílica da Estrela. 

O amplo interior, de mármore cinzento, rosa e amarelo, iluminado por aberturas na cúpula, infunde respeitoso temor. Várias pinturas de Pompeo Batoni adornam o interior.

Fotografia: © Vítor Ribeiro

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Fortaleza de Almeida



ALMEIDA: Fortaleza.

Fortaleza de tipo Vauban, com forma de estrela de 12 pontas, desenhada em 1641 por Antoine Deville.
A atual estrutura remonta ao século XVII, no contexto da Restauração da independência, quando, revalorizada a sua posição estratégica, foi transformada em uma poderosa Praça-forte. Iniciadas em 1641 pelo Governador das Armas da Província da Beira, Álvaro Abranches, as suas obras monumentais só estariam concluídas no final do século XVIII com o Conde de Lippe.
Estrutura chave durante os repetidos conflitos sucessórios no século XVIII, no contexto da Guerra Peninsular foi entregue por ordem governamental ao exército napoleónico sob o comando do General Jean-Andoche Junot em fins de 1807. Devolvida ao domínio de Portugal, foi novamente cercada por tropas francesas, agora sob o comando do general André Masséna (agosto de 1810). Sob o fogo da artilharia inimiga, o paiol de pólvora explodiu arrasando o velho castelo medieval e parte da vila, matando e ferindo mais de quinhentas pessoas. As brechas abertas nas muralhas pelo impacto da explosão forçaram capitulação da praça que passou a ser guarnecida pelos franceses.
No século XIX, durante o período das Guerras Liberais (1832-1834), mais uma vez a Praça-forte de Almeida foi palco de confrontos pela sua posse, que se alternou entre Absolutistas e Liberais, tendo as suas casamatas servido como prisão para mil e quinhentos prisioneiros políticos.
No século XX, apenas em 1927 é que a fortaleza deixou, definitivamente, de exercer funções militares.

Fotografia: © Vítor Ribeiro


info: http://pt.wikipedia.org/wiki/Praça-forte_de_Almeida

sábado, 4 de maio de 2013

Rio de Onor


BRAGANÇA: Rio de Onor.

Povoação original no País a vários títulos. Em primeiro lugar porque há dois aglomerados populacionais com o mesmo nome e na mesma concha rústica, sendo um português e outro espanhol; a fronteira é ali uma linha convencional irmãmente desrespeitada de um e outro lado, tal é a boa convivência. A segunda singularidade é o regime comunitário de entreajuda quanto ao aproveitamento do solo de acordo com os usos e costumes ancestrais. A terceira singularidade é a dialectal, pois o povo fala um dialecto próprio, o riodonorês, agora em vias de extinção.

Fotografia: © Vítor Ribeiro

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Cidadela de Bragança

BRAGANÇA: Vila ou Cidadela.

Recinto fortificado, que já fez parte de uma cerca muito mais vasta, em que se destacam as muralhas do castelo, a elegante Torre de Menagem, a "Domus Municipalis" e o Pelourinho.
O Castelo, - que ainda hoje domina o aglomerado - vai funcionar, através dos tempos, pela massa imponente, pelo volume, pelo gigantismo arquitetónico, como presença forte de "portugalidade" junto à fronteira, como um importante espaço, simultaneamente, "segurizante" e dissuasor... Aqui se teria organizado, provavelmente nos fins do séc. XII, o núcleo humano fundacional.

Fotografia: © Vítor Ribeiro
info: Bragança Cidade (Publicação da CMB)